segunda-feira, 16 de maio de 2011

A História do Violão e da guitarra | por Regente Eugenio Cesar

A família dos instrumentos de cordas divide-se em três grupos:

Instrumento de cordas presas nas extremidades tocadas ao ar, como a harpa antiga, a lira, a cítara, etc, em que cada corda produz um único som.
Instrumentos de cordas presas nas extremidades, que ao mesmo tempo a distância (tamanho) das mesmas são encurtadas quando os dedos pisam o braço em diferentes lugares como: Alaúd, Kinnor, Nebel, vihuela, violão, guitarra, etc.
Instrumentos de cordas presas nas extremidades tocadas com um arco, que friccionam (esfrega) nas mesmas, e ao mesmo tempo estas também são encurtadas quando os dedos pisam o braço em diferentes lugares como: vihuela de pêndula, violino, viola (clássica de orquestra), violoncelo etc.
Nota: O piano (instrumento de cordas percutidas por pequenos martelos) pertence, juntamente com o Cravo (instrumento de teclas de cordas dedilhadas), a um outro grupo derivado do 1º grupo.

O nome "GUITARRA" e as formas que o caracterizam copiadas do VIOLÃO, não tem, uma fonte comum. Não podemos, com segurança, apoiar-nos nas teorias de outros companheiros que por suposições pessoais crêem que estas formas vieram da Citára Grega (o nome sim), a Quitarra (ou Kitara) Caldáica (o nome sim), ou a Sitar Persa, que sem nenhuma dúvida são também precursoras da nossa guitarra e do violão de hoje.

É importante informar que, no Egito, em tempo dos faraós e nas antigas culturas da Ásia Menor, existiam formas de instrumentos intermediários entre o antigo Alaúd e nosso Violão moderno, mais precisamente entre os anos 800 e 1000 antes de Jesus Cristo, como pude comprovar nos antigos pergaminhos Hititas e Egípcios.

Há 2000 anos antes de Jesus Cristo os Hitítas que residiam na Ásia Menor usavam um instrumento chamado Kinnor. Na mesma época os Egípcios e Hebreus usavam o Nebel. Nesta mesma região usavam um instrumento de cordas cujas características são muito semelhantes ao nosso violão moderno: corpo oval, tampos (superior e inferior) planos, unidos por uma tala e com abertura redonda no tampo superior, com braço reto e provido de trastes.

Bem, segundo a mitologia, a origem dos instrumentos de cordas dedilhadas está relacionada com a Lira, e sua invenção deve-se ao egípcio Thot Trimegiste, mas os gregos atribuem a Hermes e aos Hebreus a Jubal, segundo a Bíblia Sagrada. Das três fontes, a Bíblia é a mais antiga.

Eu creio que a origem da palavra "GUITARRA" é derivada de Citára Grega ou Qitâra Caldáica (repito: Citára, Qitâra), e pela sua dificuldade de pronuncia era chamada de GUITARRA pelos espanhóis que habitavam ao derredor dos castelos (castelhanos). Quando estive em novas investigações em 1987 na península Ibérica, onde o Mouros invadiram a Espanha (no ano 820- depois de Cristo), segundo informações do povo ibérico, eles introduziram um instrumento semelhante ao Violão, mas sem trastes e tocado entre as pernas em posição vertical. Creio que quando o grande maestro Francisco Tárrega adotou em sua revolucionária metodologia a postura na perna esquerda, talvez tenha em sua origem a postura antiga. Atualmente, nós, da geração moderna, que lutamos pelo espaço de popularidade mundial do nosso Violão e da Guitarra, somos menos rígidos quanto à postura desde que a mesma não impeça o perfeito domínio do mesmo.

A guitarra elétrica, também chamada de Eletric Spanish Guitar (Guitarra Elétrica Espanhola) possui este nome porque toda a divulgação e aperfeiçoamentos anatômicos são devidos aos espanhóis, que a tornaram, até os anos 1800, um dos instrumentos mais populares do mundo, aparecendo no Brasil em 1808. Somente em Portugal e Brasil recebe o nome de Violão, dado pelos portugueses sem fonte clara de referência, talvez vindo da antiga viola de trovador (menestrel) que é um pouco menor. As primeiras guitarras elétricas gozavam de pouco recurso pois era a própria Spanish Guitar com um microfone de voz dentro de sua caixa, vindo a ser substituído mais tarde pelo microfone de contato chamado captador.

As guitarras maciças apareceram nas décadas de 50 - 60, e seus maiores divulgadores foram os integrantes do grupo The Beatles.


Regente Eugenio Cesar
eugenio_sahara@hotmail.com

domingo, 1 de maio de 2011

Musicalidade

A questão sobre o que é melhor ou quem é maior tem haver com o que chamamos de musicalidade.

Musicalidade em relação aquilo que gostamos de ouvir. Musicalidade em relação aquilo que almejamos executar em nosso instrumento. Se o nosso “melhor” hoje é o mesmo “melhor” de 6 meses atrás, alguma coisa esta errada.

Além disso, nunca podemos subir na plataforma baseados apenas em nossa musicalidade.